É a verdade pura e mais dura de todas. Nascemos e morremos sozinhos. A primeira vez que ouvi isto, senti um murro no estômago, uma revolta, como se tivesse sido abandonada de repente.
Senti o chão fugir e a vibração daquele murro no estômago que continuava em mim. Apeteceu-me chorar...e chorei, chorei bastante.
Sei lá, no fundo nunca pensamos nestas coisas, pois não?
Estes últimos meses tiveram tanto de alegria como de tristeza, mas fazendo um balanço mais ou menos consciente dos ganhos e das perdas...os ganhos superam!
Na próxima semana faço 37 anos, se bem que já todos estão avisados que farei novamente 36 anos durante os próximos 10 anos. Ás vezes penso que já deveria ter crescido mais, afinal de contas já tenho idade para isso. Mas sinceramente, não me apetece nada...
Não me apetece ficar chata e resmungona...
Não me apetece entregar à idade e ser uma SRA...prefiro ser menina!
E sobretudo não me apetece mesmo nada deixar de acreditar em coisas cor de rosa e passar a ser totalmente consciente de tudo...
Agora com a distância suficiente de coisas que já lá vão, sei que estou sozinha...mas estou bem. Confiante, crescida q.b, independente e menina do meu nariz...e é bom!
É bom sabermos que a nossa felicidade depende apenas de nós, que não devemos depositá-la nas mãos de outros e esperar que cuidem de nós. Nós e só nós, somos responsáveis pela nosso sorriso, vontades e desejos.
Perco-me no sorriso da minha filha, nas palavras e conselhos sábios da minha mãe, na força e segurança do abraço e do beijo do meu namorado...mas no fim...estamos sempre sozinhos.
E acreditem, isso não é mau! Se calhar...é crescer!
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